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João Bananeira: história do ícone do folclore de Cariacica é apresentada em escola de Nova Rosa da Penha

Nesta terça-feira (2), o personagem ícone do folclore de Cariacica, João Bananeira, foi a atração no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), Maria Jardelina Santos, em Nova Rosa da Penha. Durante a manhã e também à tarde, a história do personagem foi apresentada para mais de 300 alunos da unidade de educação infantil.     O espaço da aula-apresentação, realizada no saguão da escola, contou com uma ambientação especial, com a disposição de várias máscaras mirins, além de instrumentos musicais do congo, como o tambor, chocalhos, apitos e casacas.   A história do personagem, que se tornou patrimônio imaterial da cultura do município, foi apresentada pelo servidor Alfredo Evangelista, mais conhecido como Godô, da Secretaria de Cultura e Turismo, um dos que se dedicam a interpretar o João Bananeira em eventos.   “É um personagem centenário que muita gente não conhece. Por isso, esse projeto nas escolas é tão importante para dar vida e visibilidade a um personagem ícone para a cultura do congo capixaba e que existiu de verdade”, conta Godô.   O projeto, a partir de agora, será apresentado às terças-feiras em uma das unidades de ensino do município. A apresentação é fruto de uma parceria entre as secretarias de Educação e de Cultura e Turismo de Cariacica. Os alunos, com idade de 2 a 5 anos, fizeram a festa durante a contação da história sobre João Bananeira. Ao final do evento, todos se movimentavam em roda, alguns com máscaras, outros com instrumentos, em performances junto ao personagem central da história.   O aluno Arthur Miguel, de 5 anos, foi econômico quando o assunto era falar sobre a apresentação: “Eu gostei muito”, opinou. A mesma opinião teve a pequena Ana Sofia, de 4 anos. “Achei muito legal. Foi ótimo. Vou contar essa história para a minha família”, frisou.   Já Layla Maria de Souza, de 5 anos, era só alegria. “Eu gostei de todas as coisas, principalmente saber como ele fez a saia de folhas de bananeira. Primeiro, ele foi juntando folha por folha”, contou.   “Eu gostei muito mesmo foi das máscaras que ele trouxe”, opinou o aluno Antony Valério do Couto, de 5 anos, que não parava quieto para contar a história que acabara de saber.   O diretor do CMEI Maria Jardelina Santos, Joaquim Magalhães Mendes, também destacou a importância do projeto. “É uma oportunidade única para reforçar e reafirmar a identidade regional do congo, trazendo a história desse personagem tão importante para a nossa cultura”, falou.   História A origem do personagem João Bananeira data de mais de 150 anos atrás, desde as antigas procissões durante o Carnaval de Congo de Roda D’Água, que era uma região remanescente de quilombo. De acordo com a história, negros fugidos da Revolta de Queimados (1849) iniciaram a tradição do congo com seus cantos e tambores. E para participarem do cortejo, os negros escravizados colocavam máscaras para cobrir os rostos e meias nos braços para não serem identificados. Os mascarados também se vestiam nas plantações de banana da zona rural do município. Com o tempo, transformou-se numa brincadeira e foi incorporada à tradição da festa folclórica.

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